Depois que não resta mais nada, e
todas as lágrimas já foram derramadas. Eu não me importo mais com o que você
sente ou pensa. A gente correu, um dia desses tive a impressão de que a gente
só correu e fugiu, desconversou e sorriu na hora de chorar. Mas pensando bem,
hoje eu acho que não. Não penso mais que tenha sido um momento, uma palavra
dita ou não dita. Na verdade, analisando melhor, foram tantas coisas que nos
separaram. Demorei tanto tempo para ser o que fui com você, até que minha respiração
se estabilizasse, meu olhar se aquietasse e até que eu tivesse controle sobre a
minha mão, fazendo com que ela deslizasse pelo seu corpo, sem culpa. Às vezes me
pergunto de quem foi mesmo a culpa. Meu comportamento tão instável, essa minha
mania de complicar tudo e tentar ser livre e blábláblá. Nem vou apontar os seus
erros que eu tantas vezes apontei. Hoje ouvi uma música muito nossa, sem culpa,
mas tive a sensação de que o que sinto por dentro agora é um frio semelhante à de um
inverno polar. Sem culpa.
Li algo que me atordoou
profundamente hoje, e quanto mais fui lendo, mais fui vendo... acabei chorando,
chorando, mas chorando diferente. Chorei sem derramar lágrimas, chorei por
dentro. Enfim, me pareceu que aquela dor já havia sido minha. Alexandria Jane,
eu quis te abraçar.
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