Zero palavra, por todas as
partes. Eu já cansei de ser redundante, eu não aguento mais com os meus
clichês. Eu estou tão perto de explodir, ou tão longe, tão longe. Meus olhos
exaustos de todas as vistas, as mesmas vistas. Minha sala de estar com zero
visita. Eu não quero estar assim, então finjo que não estou aqui, minto pra
mim. Muito me agrada, pouco me cabe, ninguém me serve, ou será todo mundo? Onde
estará todo mundo? Onde eu estou? Esperando, esperando. Odeio dias assim, e eles
têm sido tão frequentes. Tudo parece sempre estar se repetindo, uma sequência
de atos. Eu não aguento mais escrever sobre um pranto que eu não choro mais,
sobre um amor que já não pulsa mais. Nada disso faz mais sentido. Você não faz
mais parte de mim, e eu nunca havia escrito isso de modo tão sincero e
verdadeiro como agora, pra ninguém. O caos se acabou.
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