sábado, 23 de junho de 2012

Assuntos aleatórios (ou não)


Nunca sempre nem nunca, nem nada, nem tudo. O fim do mundo é perder o brilho do olhar. Olhar. Olha uma coisa. Olhe pra mim agora, nem toda hora é hora. A superfície áspera das suas mãos me fez pensar, o cheiro intenso da sua nuca me fez penar. Nunca sempre nem nunca, nem nada, nem tudo. O absurdo pode se encontrar em qualquer lugar. Nada especifico. O padrão foge a lógica da espécie. Do que estou falando, afinal? De quem estou falando? Estou falando de você, que é luz. Ou melhor, que eu acho que seja luz, que é luz porque penso e quero que seja. Egoísmo, sim. Um cigarro entre os dedos queimando, desmoronando entre cinzas que vão para nunca mais. Foi um furto de atenção, e a tensão se desfez em assuntos aleatórios. Não somos mais quem éramos há 10 segundos, nem há 3 minutos e 54 segundos. Nunca sempre nem nunca, nem nada e o tudo segue a mesma linha torta.

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