terça-feira, 24 de julho de 2012

1 minuto, Odette.


Odette falta 1 minuto pra meia noite, e ai já será outro dia. Eu acabei me esquecendo de escrever hoje, que no caso logo mais será ontem, meio complexo. Pois é, já foi o dia 24 já acabou. Chato isso, eu disse que iria escrever todos os dias sem falta, até o dia 29, mas acabei esquecendo sem querer. É claro, a gente só esquece quando é sem querer, porque quando a gente quer, nunca consegue esquecer. Isso é uma putaria, Odette, tanta coisa que eu não faço questão de lembrar, que ainda assim eu não esqueço. Eu queria poder dominar minha memória, mas nem isso eu consigo, Odette. Eu deveria me concentrar e escrever coisas melhores, instinto de superação, sei lá. Deve ser por isso que tenho dificuldade em esquecer coisas que quero, porque na maioria das vezes eu fico só no querer, e não faço nada de relevante para mudar certas situações. Acomodada, é essa palavra, ela me define. Eu penso muito em como as situações poderiam ser piores, quase nunca ao contrário, desculpa de perdedor. Eu tenho certo encantamento à derrota, é uma atração mais forte do que eu, posso dizer que é na verdade uma tendência, bem mais do que encanto. É Odette, a gente tem que andar pra frente, sem olhar pra trás, disso eu sei. O problema é que ao invés de olhar pra frente, eu olho pro alto, e por isso acabo quase sempre tropeçando em coisas, que na maioria das vezes são as mais aleatórias possíveis. Odette, eu tenho um sério problema com manter promessas, com manter o foco, repetitivamente.

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