sexta-feira, 28 de junho de 2013
À distância, Yasmin
Yasmin
é um abismo, e eu sou um moinho, reduzindo minhas próprias emoções à
pó. O maior problema sempre é a falta de detalhes, ou a sobra. Yasmin e
seus amores, suas dores, nunca Eu. Nem para somar, nem para diminuir.
Estou vivendo uma paranóia, meu imaginário grita anomalia. Se tenho
pernas para andar por onde eu quiser ir, não consigo entender ao certo,
por que insisto em te seguir. Yasmin sempre acende um cigarro, enquanto
declama uma de suas filosofias sobre o universo. E eu me sinto tão menor
do que todas as coisas, estando tão perto, tão perto, e ainda assim,
sendo mais insignificante que a fumaça que se instala nos pulmões de
Yasmin.
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