O pânico de não conseguir mais escrever com a frequência de
antes. Meus pensamentos andam tão soltos e perdidos uns dos outros, ao mesmo
tempo em que estão tão conectados. Uma bagunça interna, inexplicável. Parece
que nada me concerta, que eu não tomo jeito, não tenho juízo, não sei. O
segredo é o silêncio. Você consegue ouvir o surdo som do meu pranto mudo e
inexistente? Por que sempre tudo tem que ser dedicado a alguém? Caso pensando,
encontro calculado. Esse aqui é exclusivo pra mim. Sim, sou eu quem sabe sobre
tudo o que se passa aqui dentro, eu que me amo da maneira que ninguém jamais
vai amar, também nunca vou amar ninguém dessa maneira também. Essa aqui vai pra
você: meu Eu. Quem sabe a gente se encontre mais, eu não queria te perder assim
de vista. Fazem falta, todas as nossas conversas intermináveis, agora
inacabadas. O medo inestimável de nunca mais conseguir ser eu, sem saber quem
sou, fui, quero ser.
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