A falta que um careta faz é algo
a se expressar. O tempo está chuvoso, mas ainda está calor, agora um café só
serviria para estressar mais do que já estressou. Meus olhos fartos d’água se
encheram outra vez com a lembrança dessa história, dessa estrofe que não para
de repetir. Sei que se eu der play no radio, qualquer canção vai me ferir. Quebrado,
partido, ferido, sofrido sinônimos do meu coração. Melancolia multiplicada,
realmente eu só queria chorar. Mas só, esse ser só, eu não me tenho permitido
ser. Não sei amar de menos, escolher pessoas. Se amo sou de arrebentar-me por
qualquer 1. Não fui eu. A falta que um careta faz chega a ser emputecedora,
caótica, um Parkinson momentâneo, convulsão da alma. “Eu não deveria ter tomado
aquele maldito café”, é o que estou pensando agora sem parar. Eu não deveria
ter terminado ado, ado. Droga. Qualquer canção pode ser sua, mas agora eu
trocaria qualquer rit da década passada dedicado a mim por um careta, uma
xícara de café e alguns pingos de chuva.
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