sábado, 14 de julho de 2012

Não tem título


Ai Odette, eu só te chamo quando necessito, e isso não é verdade. Na verdade só em partes. Hoje andei, andei, andei até perceber o obvio. Era desnecessário, mas eu quis vivenciar, na verdade. Na verdade, eu queria que tivesse sido diferente. Mas parece que nunca é. Acabei me dando conta que minha percepção é algo que falha sim, mas que funciona muito muitas vezes. Isso me deixou chateada. Tudo culpa dessa minha mania chata de esperar das pessoas algo que raramente vem. Ai Odette, eu estou com vontade de chorar, sabe? Às vezes eu queria ser diferente. Tudo culpa desse maldito lance de opção que não rola no meu caso. Sou porque sou não porque quero, não porque eu quis. Eu queria ser outra coisa muitas vezes, parece que tudo seria mais fácil se fosse diferente. Mas não é diferente, sabe? Eu queria poder falar com você em privado, conversar claramente sobre esse assunto, mas não posso. É eu não posso. Parece um sinal de fraqueza te chamar assim, toda vez, despejar meus penares e desesperos que não são poucos. Mas eu gostaria que fossem. Eu queria ser mais forte, Odette. Parece que você me ensinou muito sobre tudo, mas não me ensinou tudo. Falta algo, Odette. E esse algo é muito. Eu não gostaria que aquilo que aconteceu a pouco tivesse acontecido. Agora estou passando mal. Odette, nessas horas é que vejo o quão fraca sou, o tanto que sou insegura e inquieta. Parece que só falta isso. Isso é tudo o que me falta, isso é tudo o que não tenho segurança. Esse é mais um daqueles textos que eu não deveria nunca postar, pois me expõem me limita me mostra ser quem sou franca e insegura. Eu gostaria tanto de ser outra coisa. Lembra Odette, daquela época em que eu me repudiava aos montes? Então, muita coisa mudou, mas eu ainda odeio certos pontos da minha personalidade. Eu tento tanto enfatizar que me amo, que me aceito. Quando na verdade, eu sou na verdade uma farsa. Ninguém consegue interpretar meus sinais.

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