domingo, 24 de março de 2013
No dia 22
Dois dias depois, Fred, me desculpe. Eu sempre perco a data,
porém nunca me esqueço. É que no dia 22 eu tive o dia cheio, cheio de desgaste,
cheio de desastres. Mas o que importa é que hoje estou aqui, mais uma vez, em
mais um dia 24, para te dizer que eu não esqueci. Eu não te esqueci. Correndo, sem
poder correr, Fred. É que eu ainda ando com aquele problema no joelho, e mesmo
assim eu não paro. Mas eu gostaria tanto de parar, Meu Caro. Doze meses, Meu Amigo.
Um ano sem te ter, nenhum dia sem te amar, eu disse uma vez, para a pessoa
errada, outra vez. "Quando eu lhe dizia, me apaixono todo dia, é sempre a pessoa
errada. Você sorriu e disse...", ou melhor, você não disse nada. Você nunca disse
nada, mas eu sempre soube. Como uma daquelas duas ou três certezas que trago na
vida, trago a vida dentro de um saco para vomito. Saudade define o que sinto a
seu respeito, Frederico, com todo o respeito, eu te invoco constantemente em
meu coração e mente. Mas nada foi feito para durar. Pranteando entre raios e
trovões, enquanto São Pedro lava o céu, eu lavo a alma, mantendo limpo o seu
lar. Você é uma página cheia em meu diário,
você é um capítulo, uma crítica construtiva, um elogio no prefácio. Meu eterno
cowboy.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário