Olha
que besteira, Fred, comecei a chorar digitando um texto seu, escrito no
papel. Um texto seu, que eu escrevi à dias. Umas bobices daquelas que
eu sempre costumava a contar para você. O tempo passa tão rápido,
querido. O tempo atropela a maioria das coisas, arrastando-as para fora
do caminho. E será que fica só o que realmente merece ficar? Não
acredito nisso. Eu lembro muito de você, por diversas vezes você é o
assunto na sala de estar, na cozinha, minha Vó se recorda de várias
histórias suas, todos riem. Riem da alegria que você trazia, mesmo sendo
demasiadamente rabugento. Uma amiga me disse uma vez, que você era
extremamente parecido comigo. Isso parece um pouco verdade agora,
relembrando, você era uma espécie de reflexo meu. Talvez por isso,
sempre pensei que você nunca me amou. Olha as ideias, Fred. É que eu
peco tanto no demonstrar, por isso prefiro imaginar que você era assim
também. Eu te amei como jamais amei ninguém, ao menos em partes você
devia corresponder. Pretensiosa, sim! Falta você no quarto, na sala, na
cozinha, no banheiro, na vida. Mas você sempre estará guardado em meu
coração, e sempre que possível te colocarei no papel, e espero que você,
ai do céu, me guarde no coração também.
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