sexta-feira, 28 de junho de 2013

Um pranto limpo, Meu Caro

Olha que besteira, Fred, comecei a chorar digitando um texto seu, escrito no papel. Um texto seu, que eu escrevi à dias. Umas bobices daquelas que eu sempre costumava a contar para você. O tempo passa tão rápido, querido. O tempo atropela a maioria das coisas, arrastando-as para fora do caminho. E será que fica só o que realmente merece ficar? Não acredito nisso. Eu lembro muito de você, por diversas vezes você é o assunto na sala de estar, na cozinha, minha Vó se recorda de várias histórias suas, todos riem. Riem da alegria que você trazia, mesmo sendo demasiadamente rabugento. Uma amiga me disse uma vez, que você era extremamente parecido comigo. Isso parece um pouco verdade agora, relembrando, você era uma espécie de reflexo meu. Talvez por isso, sempre pensei que você nunca me amou. Olha as ideias, Fred. É que eu peco tanto no demonstrar, por isso prefiro imaginar que você era assim também. Eu te amei como jamais amei ninguém, ao menos em partes você devia corresponder. Pretensiosa, sim! Falta você no quarto, na sala, na cozinha, no banheiro, na vida. Mas você  sempre estará guardado em meu coração, e sempre que possível te colocarei no papel, e espero que você, ai do céu, me guarde no coração também.

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