sábado, 24 de agosto de 2013

É você, Fred!

Minha maior saudade
é você, sem dúvidas. 

De todos os amores que eu perdi, 
e dos amigos que se ocuparam 
de outras coisas, das fases da lua, 
das moedas que caíram na rua, 
dos chicletes que eu me esqueci 
de tirar do bolso da calça antes de lavar. 
Minha maior saudade é você! 

Todas as nossas conversas 
sem conclusão, todas as 
desventuras da vida. 

Agora eu durmo só,
eu durmo e só. 

Nenhuma presença 
supre a sua ausência, 
minha maior saudade 
certamente é você. 

Eu sempre me apegando mais 
as coisas do que as pessoas, 
e rindo daquilo que é mais improvável, 
remediando por causas irremediáveis. 
Amei você como se ama, não sei. 
Eu não sei como se ama, 
eu não sei como se faz para amar. 

Você entrou na minha vida, 
e me fez perder várias noites de sono, 
eu te dei leite na mamadeira, 
você agüentou minhas choradeiras, 
eu ria de ti por qualquer besteira. 

De uma hora pra outra comecei a te amar,
e eu te amei de coração, eu ainda te amo, 
e sempre vou amar. Não dá pra te esquecer, 
não dá pra superar o que eu senti ao te perder, 
foi um dos piores momentos da minha vida, 
te abraçar morto. A sua morte arrancou algo de mim, 
algo que eu nem sei se tinha. E eu chorei, chorei, chorei. 

Não te escrevo mais com tanta freqüência, 
o mundo é louco, a vida é rude. Mas ainda sim, 
eu não pude, eu não posso, eu não quero, eu não vou te esquecer. 

Minha maior saudade é você, Fred, 
a melhor pessoa que já passou pela minha cama, 
que se instalou em minha vida, que iluminou a minha casa, 
que morou – ainda mora – eternamente em meu coração.

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