domingo, 14 de julho de 2013

Em outro lugar

E você dizia que o meu amor era balde de água fria, fora de estação, que eu estava do lado errado, que não havia ponte. Eu me sentia dirigindo um carro quebrado, parado na contra mão da avenida. A gente tava longe, o tempo todo. O espaço estava transtornado com cada ação seguida de reação. A gravidade dançou, e eu consegui voar. Você caiu do céu, e colocou a culpa toda em mim. Ontem foi 13, e tu com quase 23 mil motivos pra me mandar embora, não pensou em uma desculpa ao me ver dar o fora, por livre e espontânea pressão. Enquanto eu te via nas madrugadas frias em duros delírios, de tanto chorar, eu quis te matar sem abstração. Nada aconteceu depois. Tudo rolou, e foi tarde demais. Eu cheguei junto, você disse que acabou. Tomei coragem, te faltou coragem. Você chorou, eu desliguei o telefone. Você construiu uma muralha, me faltou escada. Você se apaixonou outra vez, eu te procurei de mês em mês por qualquer motivo, sem retribuição. Me tornei a pessoa mais fria, pois tu fez zombaria da minha paixão. Hoje eu quase morri, mas dessa vez, foi de rir, por não ter mais por ti emoção, por não ter mais coração. A gente se perdeu, talvez. A gente nem se encontrou. Quem sabe outro dia eu te encontre...

Nenhum comentário:

Postar um comentário