E você dizia que o meu amor era balde de água fria, fora de
estação, que eu estava do lado errado, que não havia ponte. Eu me sentia
dirigindo um carro quebrado, parado na contra mão da avenida. A gente tava
longe, o tempo todo. O espaço estava transtornado com cada ação seguida de reação.
A gravidade dançou, e eu consegui voar. Você caiu do céu, e colocou a culpa toda
em mim. Ontem foi 13, e tu com quase 23 mil motivos pra me mandar embora, não
pensou em uma desculpa ao me ver dar o fora, por livre e espontânea pressão.
Enquanto eu te via nas madrugadas frias em duros delírios, de tanto chorar, eu
quis te matar sem abstração. Nada aconteceu depois. Tudo rolou, e foi tarde
demais. Eu cheguei junto, você disse que acabou. Tomei coragem, te faltou
coragem. Você chorou, eu desliguei o telefone. Você construiu uma muralha, me
faltou escada. Você se apaixonou outra vez, eu te procurei de mês em mês por
qualquer motivo, sem retribuição. Me tornei a pessoa mais fria, pois tu fez
zombaria da minha paixão. Hoje eu quase morri, mas dessa vez, foi de rir, por
não ter mais por ti emoção, por não ter mais coração. A gente se perdeu,
talvez. A gente nem se encontrou. Quem sabe outro dia eu te encontre...
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