quarta-feira, 17 de julho de 2013

Não use o nome de Iully em vão


Olá Iully! Pensei em um jeito melhor de começar, não sei ao certo se o que vem depois da exclamação, é algo esclarecedor. Na verdade, a afirmação é o que vem antes do ponto. As coisas estão difíceis agora. Eu não sei ao certo o que estou fazendo aqui. Queria um pouco mais de espaço, um mundo só pra mim, onde eu pudesse me afogar em amargura, ternura, tontura, tortura. Estou passando mais uma vez por todo aquele ciclo vicioso, que se parece mais com um circulo. Não encontrei nada seu pela casa, nem pela rua, nem pela vida lá fora. A maioria das vezes que te lembro encontro você dentro de mim, em um daqueles pensamentos suicidas. Mil cigarros nunca mais, nem mil amores. O que irá me matar, afinal? Imagine eu imortal, esperando apenas o mundo inteiro se acabar, sem me acabar. Parece ser assim, não é mesmo? Não mesmo. Meu Eu frágil, grita dentro de mim, Iully. Ele esperneia, se bate e rebate em meu interior. E o que me resta além da solidão? Meu espírito não se aquieta com a presença de ninguém. Preciso aprender a lidar melhor com o meu egoísmo, meu egocentrismo, minhas fobias desvairadas. Eu atravesso as madrugadas pensando em mim. Não. Toda a minha vontade de voar, e toda a minha má vontade em fazer algo a respeito. A gente chora tanto em um dia, que parece que depois tudo é deserto por dentro. Iully, quem irá me salvar? Eu preciso do seu misticismo, do seu desvio de conduta. Saudade mata, mas só no figurado. A vida me afeta na grande maioria das vezes tão negativamente. Eu sou tão dependente de coisas tão absurdas, tenho necessidades tão abstratas.  Iully, talvez um café me ponha de pé, mas eu prefiro não ter o trabalho de levantar mais uma vez.  Porra, Iully, a vida é uma piada, um clichê, uma ironia barata, sarcasmo bailarino, um calculo matemático gigantesco, que no final da Zero. E não vem nada depois. Ou vem tudo! Mas eu não ouço nada, e se escuto, tampo os ouvidos. Deus, Iully, tenho pensado nisso. Eu fiz uma promessa, que me atormenta em partes. Tem uma hora que não dá mais pra fugir, sem tropeçar desencadeadamente, sem parar. São em momentos assim, que eu me lembro de você, Iully. No meio de um caos, prestes a apertar o gatilho. Mas antes de mais uma merda, Iully, tchau!

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